Poleiro do Chantecler – O ferrinho do dentista
Meus caros, raros e fieis leitores,
Ando meio sumido, eu sei. Um pouco por preguiça, muito por desmotivação de escrever minhas críticas a esse (des)governo Lula que está aí e ao seu associado o Supremo Tribunal Federal, cada vez menos tribunal de justiça e cada vez mais um partido político acima do bem e do mal.
Mas, chega um ponto em que, depois de tantas notícias ruins, o cronista não consegue se omitir e tem de extravasar suas frustrações com tudo o que vem acontecendo neste País. Do STF vou falar em uma outra crônica. Hoje vou falar do (des)governo Lula.
Ao perceber que seus discursos demagógicos em favor das classes mais pobres já não enganavam nem seus eleitores nordestinos, com a aprovação ao seu governo caindo para 24%, Lula foi instruído pelo seu novo “marqueteiro” a agir e agitar, se reaproximando do povão e prometendo-lhe o céu na terra. É tudo o que ele gosta e sabe fazer. Começou por dizer que os dois primeiros anos de seu governo foram dedicados ao plantio e que a colheita será agora em 2025. A mesma coisa ele tinha dito no início de 2024. E não houve colheita nenhuma. E por uma razão muito simples: o governo dele nada plantou neste período.
Obcecado com a popularidade de Bolsonaro, continua até hoje a culpá-lo por todos os males de seu governo. Nisso ele é incomparável. Nunca assume a responsabilidade pelos problemas e erros de seu governo. Sempre arranja alguém em quem por a culpa.
Quando assumiu seu primeiro governo em 2003, vivia afirmando que tinha recebido uma “herança maldita” do governo anterior – quer dizer, do governo FHC. Não se cansa de repetir a mesma ladainha agora, em seu 3º mandato. Embora tenha recebido do governo anterior um saldo positivo de 53 bilhões de reais, chega ao cúmulo de culpar o Bolzonaro pelos imensos saldos negativos das contas de seu governo.
Mentiroso contumaz, ele não se importa de ser desmentido pelos números. Isso é o de menos para ele. Aliás, ele acredita que a verdade não importa. Importa é a versão que ele dá dos fatos. Seguindo oque costumava dizer um dos generais próximos de Hitler, “uma mentira dita mil vezes, vira uma verdade!”
Vive dizendo que quando deixou seu 2º governo em 2010, ele tinha tirado o Brasil da fome. Foram, segundo ele, 30 milhões de brasileiros que deixaram de passar fome. E, ainda segundo ele, ao voltar agora para o 3º mandato, foi surpreendido com o retorno dos 30 milhões ao mapa da fome. Os números que ele menciona são todos inventados. Mas, como já se disse, isso para ele é o de menos. Mas, para felicidade geral dos pobres, ele acaba de prometer que, até 2026, ele vai tirar todos eles da fome! Não vai, mas vai dizer que tirou, sim.
Mentiroso compulsivo, afirmou categoricamente durante a campanha presidencial que em seu governo, ao contrário do que ocorreu no governo anterior, não haveria sigilo de nenhum gasto de seu governo. Agora, na maior cara de pau, coloca sigilo por 100 anos em todos os gastos palacianos e especialmente os da sua consorte – a deslumbrada Janja – uma gastadora compulsiva. Questionado sobre essa incoerência, ele responde que o sigilo é necessário para evitar os comentários e discursos de ódio da extrema direita nas redes sociais. Ele também afirmou categoricamente na campanha presidencial, que jamais nomearia para ministro do STF pessoas amigas, próximas a ele. E quem ele nomeou? O comunista Flávio Dino – que era o ministro da Justiça mais próximo dele – e o Zanin – aquele advogado que o tirou da cadeia. Quer prêmio maior que esse?
Embora não se saiba de nenhuma grande obra em andamento em seu governo, os rombos nas contas públicas só fazem aumentar a dívida pública – o que implica maiores gastos com juros e uma taxa de inflação cada vez mais crescente. Só no ano passado, o governo pagou de juros 1 trilhão de reais – três vezes mais que o gasto com educação e saúde. Ao fim e ao cabo, quem vai pagar esta conta é o pobre.
Para aproveitar a onda de “golpista” com que estão pretendendo rotular o seu maior desafeto – o Bolsonaro – ele vive apregoando que é o maior defensor da democracia. Logo ele cujos maiores amigos sãos os ditadores da Venezuela, de Cuba, da Nicarágua, da China, do Irã. E também logo ele que, conforme editorial da Folha de S. Paulo, se “tornou o maior pregador do controle das redes sociais”. Como acontece com todos os que têm vocação ditatorial, o controle da imprensa e das redes sociais é imprescindível. Os críticos dos ditadores são todos anti-democratas, extremistas de direita que só sabem espalhar o discurso do ódio. Lula não tem medo das mentiras propaladas contra ele. Tem medo é das verdades que são ditas.
Com a popularidade cada vez mais em baixa, a conselho de seu atual marqueteiro e estimulado pela presidente do PT – Gleizy Hoffman – ele diz que não pode cortar gastos porque isso prejudicaria os mais pobres. Bem ao contrário do que lhe aconselham os bons economistas, ele insiste na tecla de que “gasto é vida”. E gasta o que tem e o que não tem. E vai criando mais “bolsas-esmolas”. Além do famoso programa “Pé de meia” para supostamente ajudar alunos do curso secundário (programa questionado pelo TCU por seus inúmeros “rolos”), agora criou o “Vale-gás” que, segundo ele, vai atender 20 milhões de família – o que significa que este programa atenderá aproximadamente 100 milhões de pessoas. Claro, esses números são inventados por ele no calor de seus discursos dirigido a uma pequena plateia de agregados petistas.
Gosta de se vangloriar de que a economia vai bem como mostram as taxas de desemprego – se fato, as mais baixas dos últimos 15 anos. Esquece-se de dizer que os 54 milhões que recebem o “bolsa-família” não são considerados desempregados – ainda que nenhum deles esteja trabalhando. Aliás, a bem da verdade, o governo Lula não dispõe de nenhum programa para tirar o pobre da pobreza. Todos os seus programas são assistencialistas, gerando milhões de pessoas dependentes dos “favores” governamentais. Como consequência, constata-se que seus programas assistenciais estão gerando um bando de preguiçosos que preferem receber as benesses do governo a aceitarem um emprego decente.
Pressionado pelo aumento dos preços dos alimentos, sua solução foi original: deixe de comprar os produtos que estão mais caros. Troque o café por chá, a picanha por carne moída de terceira, o refrigerante pelo suco de cenoura… uma proposta surrealista que lhe rendeu os mais variados “memes”.
Sua proposta ridícula mais recente foi a de que as casas do “Minha casa, minha vida” vão ser construídas com uma varanda para que o pobre do morador tenha um espaço onde soltar seus “puns” com tranquilidade. Sim porque, segundo ele, pobre também solta “pum”. Que originalidade! Eu diria melhor: que vulgaridade.
E já encerrando, o título desta crônica eu tirei do Wall Street Journal – um jornal americano dos mais influentes do mundo que, há duas semanas atrás, publicou um longo texto sobre o governo Lula sob o título: DESASTRE ANUNCIADO! – onde o jornalista analisa em detalhes o que está sendo esse 3º governo Lula – um governo sem plano nem programa e nem projetos relevantes.
A verdade nua e crua é que esse governo Lula está totalmente perdido, sem rumo. Não vai resultar em boa coisa!