Com a chegada do inverno, é comum sentirmos a pele mais ressecada, os lábios rachados e, para muitas pessoas, os olhos também começam a ficar irritados, vermelhos ou com uma sensação constante de areia. Isso pode ser sinal da Síndrome do Olho Seco, um problema mais comum do que se imagina e que tende a piorar nos dias frios.
Mas afinal, o que é essa síndrome? De forma simples, nossos olhos precisam estar constantemente lubrificados por uma camada fina de lágrimas. Essa película não serve apenas para manter os olhos úmidos, mas também os protege contra poeira, germes e até contra lesões. Quando essa lubrificação não é suficiente ou não tem boa qualidade, os olhos ficam desprotegidos — e aí surgem os sintomas do olho seco.
Por que isso piora no inverno? O ar frio e seco, combinado com o uso constante de ventiladores, aquecedores e ar-condicionado, reduz ainda mais a umidade do ambiente. Além disso, no frio, tendemos a piscar menos, especialmente quando usamos muito o computador ou o celular. Piscar é essencial para espalhar a lágrima sobre os olhos. Quando não piscamos direito ou o ar está seco, a lubrificação natural não dá conta, e os olhos sofrem.
Felizmente, o tratamento existe e pode ser simples, dependendo do caso. Usar colírios lubrificantes, também conhecidos como “lágrimas artificiais”, é o primeiro passo. Eles ajudam a hidratar os olhos e aliviar o incômodo. Também é importante evitar ambientes muito secos — umidificadores de ar podem ajudar em casa — e fazer pausas ao usar telas por muito tempo. Em alguns casos, há tratamentos mais específicos que o oftalmologista pode indicar, como procedimentos para melhorar a produção de lágrima ou manter sua permanência nos olhos.
O mais importante é lembrar que sentir ardência, visão embaçada ao final do dia, ou sensação de areia nos olhos não é normal e merece atenção. Se você percebe que esses sintomas estão mais frequentes neste inverno, procure um oftalmologista. Cuidar dos olhos também é cuidar da sua qualidade de vida.