Vivemos tempos em que, mesmo cercados de pessoas, muitos se sentem sozinhos. Em Bom Despacho, temos visto crescer o número de casos de suicídio, e isso não pode mais ser um tabu. Falar sobre saúde mental é urgente. É necessário. E pode salvar vidas.
Como psicóloga, sei que o sofrimento emocional, quando silenciado, pode se transformar em dor insuportável. Mas também sei que existe ajuda, tratamento e, acima de tudo, esperança.
Depressão, ansiedade e outros transtornos não são “frescura”, “falta de força de vontade” ou “fraqueza”. São condições reais, que precisam ser acolhidas com empatia, respeito e cuidado.
A ciência nos mostra que uma rede de apoio, o acesso à psicoterapia, o acompanhamento médico e hábitos saudáveis podem transformar a vida de quem sofre. E, sim, a fé quando compreendida como uma fonte de sentido, conexão e pertencimento, também pode ser uma aliada importante.
Estudos mostram que espiritualidade, quando saudável, pode reduzir sintomas de depressão e ansiedade, fortalecer a resiliência emocional e oferecer esperança em meio à dor.
Se você está passando por um momento difícil, saiba: você não está sozinho. Fale com alguém. Procure um profissional. Aceite ajuda. A dor pode parecer insuportável agora, mas ela não define quem você é, e ela não vai durar para sempre.
E se você não está sofrendo, mas percebe alguém ao seu redor mais calado, mais ausente, mais cansado da vida, se aproxime.
Um gesto de escuta pode ser o primeiro passo para alguém continuar vivendo.
Se precisar conversar, também tem o CVV, que está disponível gratuitamente pelo telefone 188, 24 horas por dia.
Cuidar da mente também é cuidar da vida.