Poleiro do Chantecler – Coisas da Política
Meus caros, raros e fieis leitores,
Está chegando a hora em que os Estados Unidos prometeram aplicar uma tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros exportados para lá. E pelo visto, é o que vai acontecer. Nenhum dos lados moveu uma palha para negociar uma solução para o problema criado por Trump e, certamente, provocado pelas atitudes de Lula com sua horrenda política externa e por um problema de mais difícil solução que é a perseguição sistemática do Alexandre de Moraes ao Bolsonaro.
E não pensem vocês que se trata de uma medida unicamente contra o Brasil. Não, a mesma carta enviada pelo Trump para o Brasil, ele a enviou para trocentos outros países, inclusive para todos os países europeus (União Europeia) que são seus amigos. A diferença é que todos eles estão negociando numa boa essas tarifas e chegando a um acordo mais palatável com os “States”.
No caso do Brasil, ainda não há nenhuma negociação em curso. Na verdade, depois que Lula andou fazendo umas bravatas dizendo que não aceitava nenhuma interferência externa no País, que ninguém poderia afrontar nossa soberania e coisas tais, disseram pra ele que seu “ibope” doméstico – que estava indo para as cucuias – melhorou um pouco e ele se entusiasmou e resolveu endurecer o jogo para ver se, até as próximas eleições, sua popularidade retorne àquela de seu primeiro mandato de 2003-2006.
Para não dizer que ele está com má vontade de negociar, ele encarregou o ministro das Relações Exteriores e seu Vice – o Alkimin – de negociar alguma coisa, porém sem forçar a barra, ou seja, sem ceder muito para não “prejudicar nossa soberania”. O problema é que nenhuma autoridade americana sequer os recebeu para conversar. E, paralelamente a isso, Lula continua a desafiar o Trump pensando que irá amedrontá-lo. Naquela reunião de líderes de governos da esquerda da América Latina mais o da Espanha ocorrida no Chile na semana passada, ele continuou insistindo em suas bravatas, falando da necessidade de se adotar uma outra moeda em substituição ao dólar no comércio entre os países latino-americanos e entre os países do tal BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – e mais uns outros que já estão na bica de entrar no grupo, como Indonésia, Irã e Arábia Saudita) – uma coisa que tem incomodado o Trump. Interessante observar que foi Lula quem propôs essa nova moeda e é o único que fala nisso. China, Índia e Rússia não querem nem ouvi falar nisso. Mas, claro, ele fala apenas para provocar o Trump. Ah, e ainda nessa reunião no Chile, ele conclamou os países ali reunidos a resistirem ao imperialismo americano, dizendo que em pleno século XXI não há lugar para um imperador do mundo – no caso, o Trump.
A verdade é que, na ilusão de que seu Ibope vai melhorar se ele der uma de machão para com o Trump, ele não demonstra qualquer intenção de conseguir um acordo com o governo americano para evitar a aplicação do tarifaço de 50% sobre os produtos brasileiros. Mas, ele diz que está disposto a negociar e diz que está esperando que o Trump ligue para ele – o que certamente não vai acontecer.
E, se depender das frases provocativas que Lula continua soltando, é possível que a tarifa que seria inicialmente de 10% e que subiram para 50% por causa da “caça às bruxas” feita pelo STF ao Bolsonaro e, principalmente, por causa da desastrosa política externa do Lula – agora alinhada às ditaduras da China, da Rússia, do Irã, ao Hamas e ao Hesbollah, além dos Maduros e Ortegas da vida – é possível até que esse tarifaço salte para 100%.
E se isso acontecer? Certamente empresas brasileiras vão quebrar e haverá mais desemprego. O desdobramento disso pode provocar efeitos maléficos incalculáveis à economia brasileira. E aí, seu Lula, com o País fodido, não há ibope que se sustente.
Na semana passada, até o Secretário Executivo da OTAN – aquele tratado entre países ocidentais para se defenderem da Rússia e da China – fez um alerta ao Brasil sobre suas posições aliadas com as ditaduras ditas do mal – aquelas já citadas acima.
E, também na semana passada, lá em Minas Gerais, e para mostrar que não tem medo do Trump, Lula gritou que, se o Trump estiver “trucando” ele – Lula – vai gritar “vale seis!” O problema é que, com as armas e o poderio que tem, Trump não está blefando. Por melhores que sejam as cartas do Lula, as do Trump serão o sete de copas e o Zapi. É ruim pra nós.
Talvez exagerando um pouco, existe até uma possibilidade de um conflito armado Brasil X Estados Unidos. O que não seria nada mal: a gente perde a guerra e vira estado americano. Se os Estados Unidos, por exemplo, aproveitarem a situação para nos tomar a Amazônia – que nós não temos competência para administrar – a gente até que poderia ir de carro para os Estados Unidos da Amazônia.
Mas, o pior é se, por acaso, a gente ganhar a guerra contra os Estados Unidos. Nesta hipótese, surge um grande problema: o que a gente faz com eles?
Chantecler.
