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Aumento no calor acende alerta em especialistas em animais de grande porte, que propõem cuidados especiais

As ondas de calor estão cada vez mais fortes e mais frequentes na região centro-oeste de Minas Gerais. Temperaturas nunca vistas, estão cada ano mais comuns no verão, e até mesmo, na primavera e outono. Essa mudança climática é vista com preocupação pelos especialistas em animais de grande porte, que orientam cuidados especiais.

De acordo com o docente da Faculdade Una Bom Despacho, e Médico Veterinário Especialista em Clínica e Cirurgia de Grandes Animais, Diego Duarte Varela, para minimizar os efeitos do calor em bovinos e equinos neste período, é essencial garantir sombra e água fresca o tempo todo. “No pasto, árvores de copa larga são ideais, mas se não houver muitas disponíveis, o uso de sombrites ou galpões bem ventilados ajuda bastante. O fornecimento de água deve ser abundante, pois os animais precisam se hidratar mais nos dias quentes. Em confinamentos, ventiladores e aspersores de água podem ser usados para resfriamento. Além disso, sempre que possível, é melhor manejar os animais no início da manhã ou no final da tarde, evitando o período mais quente do dia” observa Diego.

As altas temperaturas podem até mesmo afetar a produção de leite, afinal, quando as vacas sentem calor, elas reduzem o consumo de alimento, o que diminui a produção e a qualidade do leite. Além disso, o estresse térmico pode afetar a reprodução, aumentando o tempo para a vaca entrar no cio e dificultando a prenhez. “Para minimizar esses problemas, além de oferecer sombra e água, também é interessante ajustar a alimentação, oferecendo concentrados mais energéticos e evitando alimentos que aumentem muito a fermentação no rúmen e, consequentemente, a produção de calor. Além disso, a suplementação com eletrólitos, como sódio, potássio e magnésio, ajuda a manter o equilíbrio hídrico do organismo.” alerta o professor.

Assim como os humanos, os cavalos sentem muito o calor, principalmente quando estão sendo montados e fazem esforço físico. Nesses casos, é fundamental garantir que eles tenham acesso à água antes, durante (em pequenas quantidades) e depois do exercício. “Outra dica importante é o banho com água fria, jogando a água principalmente no pescoço, peito e patas para ajudar o cavalo a se resfriar. Se o animal demonstrar sinais de exaustão, como respiração muito acelerada por um tempo prolongado, sudorese excessiva ou apatia, deve-se interromper a atividade e procurar um local fresco para ele descansar. O ideal é sempre montar nos horários mais frescos do dia e evitar trilhas longas ou corridas intensas sob sol forte” acrescenta o veterinário.

Em todos os animais de grande porte há mudança na alimentação, afinal, eles tendem a comer menos nesses dias quentes. Para compensar essa redução, a dieta pode ser ajustada para ter mais energia em menor volume. “Em bovinos leiteiros, por exemplo, pode-se aumentar a quantidade de gordura protegida na ração para evitar queda na produção de leite. Nos equinos, é importante oferecer volumosos de boa qualidade, evitando forragens muito secas e fermentáveis, que podem aumentar o risco de cólica” orienta Varela.

Mesmo à noite, o calor pode continuar sendo um problema, principalmente se o ambiente for abafado. Em baias e currais, é importante garantir boa ventilação para evitar acúmulo de calor. “A água deve estar sempre disponível, pois muitos animais aproveitam o frescor da noite para se hidratar mais. No caso dos bovinos leiteiros, pode ser interessante ajustar a oferta de alimento, fornecendo maior parte da dieta no final da tarde ou à noite, já que eles costumam comer melhor nesses períodos mais frescos. Também é importante evitar superlotação, pois muitos animais juntos dificultam a dissipação do calor e aumentam o estresse” finaliza o especialista.

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Ass. Imp. Una Bom Despacho

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