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Câmara aprova aumento da pena para o crime de feminicídio

A Câmara dos Deputados aprovou ontem (30) o aumento da pena do

feminicídio, caso o crime seja praticado no descumprimento de medida protetiva

de urgência prevista na Lei Maria da Penha. O projeto, que altera o Código

Penal, aumenta a pena de um terço (1/3) até a metade. De autoria do deputado

Lincoln Portella (PRB-MG), o texto ainda será apreciado pelo Senado Federal.

No texto aprovado, foram incorporadas medidas como

agravamento da pena no caso de o crime ser contra pessoas portadoras de

deficiência degenerativas que acarretem vulnerabilidade física ou mental e

também se for cometido na presença física ou virtual de descendente ou

ascendente da vítima.

O Código Penal prevê a pena de reclusão de 12 a 30 anos nos

casos de homicídio contra a mulher por razões de condição do sexo feminino.

Justificativa
Na justificativa, o autor afirmou que a violência contra a

mulher é uma triste realidade no país, mesmo após a entrada em vigor da Lei

Maria da Penha. “Sabemos que os agressores, na maioria das vezes, descumprem as

medidas proibitivas e voltam a atemorizar as vítimas. Infelizmente, muitos

casos de violência doméstica somente terminam com a morte da ofendida”, afirmou

Lincoln Portela.

Ainda na justificativa, o deputado afirmou que aqueles que

cometem o feminicídio descumprindo medida protetiva precisa ter punição maior.

“Entendemos que o agente que comete esse delito em descumprimento de medida

protetiva merece uma punição mais severa, tendo em vista a maior

reprovabilidade de sua conduta”, argumentou.

“A alteração legislativa ora proposta representa um avanço na

luta das mulheres contra a violência doméstica e familiar”, disse o autor da

proposta.

Lactose
Os deputados também aprovaram projeto do Senado que obriga a

inclusão de informação sobre a presença de lactose na rotulagem de produtos

alimentícios. Os deputados incluíram ainda a necessidade de informar a presença

de caseína, que é um elemento causador de alergia.

Como o texto foi alterado na votação na Câmara, ele terá de

retornar ao Senado para nova deliberação.


Ag. Brasil

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