O MEC divulgou nesta quinta-feira, 13 de janeiro, o Índice Geral de Cursos (IGC) de 2009, que avaliou o nível de mais de duas mil instituições de ensino superior (IES). A pesquisa mostrou que a maioria (52,7%) obteve o conceito razoável (3) e apenas 25 instituições superiores do país possuem excelência (5). As informações são da Agência Brasil.
O indicador mede a qualidade de uma faculdade, centro universitário ou universidade a partir da qualidade de seus cursos de graduação e pós-graduação, em uma escala de 1 a 5. Os resultados 1 e 2 são considerados insatisfatórios, 3 razoável, e 4 e 5 bons.
Todas as instituições que receberam nota 1 (0,67%) e 2 (38,32%) serão visitadas pelo MEC assim que começar o semestre letivo. Os especialistas do ministério as analisarão por meio de diversos fatores, como infraestrutura e projetos pedagógicos e, a partir de então, poderão firmar termos de compromisso ou descredenciá-las.
Das intituições que receberam os resultados insatisfatórios, cerca de 93% são privadas. As 25 faculdades avaliadas com 5 pontos (1,39%) estão concentradas no Sul e no Sudeste do país.
O ministro da Educação, Fernando Haddad, informou que existe um movimento para melhorar a qualidade do ensino superior do Brasil, inclusive no setor privado. “Os avaliadores que fazem a visita in loco são testemunhas de que nossas instituições estão melhorando, buscando resultados, oferecendo condições de infraestrutura mais adequadas. As exceções têm que ser trabalhadas dentro do Sinaes [Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior] com as penalidades previstas em lei”, explicou.
O IGC apontou ainda que 6,92% do total receberam 4, e o restante que ficou sem nota (16,1% das avaliadas) foi por insuficiência de alunos ou cursos participantes das avaliações.
Cursos são mal avaliados
A pesquisa demonstrou que um a cada três cursos do país é de baixa qualidade. Das 6.804 graduações testadas, 1.696 tiveram nota 1 ou 2 no Conceito Preliminar de Curso (CPC).
O CPC avalia as notas obtidas no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE) e tem o mesmo critério de avaliação do IGC, com notas de 1 a 5.
A maioria, ou 51,47%, obteve nota razoável (3) e apenas 15% atingiu 4 e 5.
fonte: Portal Eco