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Governo eleva salário mínimo para R$ 1.045

Resultado de imagem para salario minimo 2020O presidente Jair Bolsonaro e o

ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciaram na tarde de hoje (14),

em Brasília, que o salário mínimo de 2020 será elevado de R$ 1.039 para R$

1.045. Uma medida provisória (MP) será editada pelo presidente nos próximos dias

para oficializar o aumento.  

“Nós

tivemos uma inflação atípica em dezembro, a gente não esperava que fosse tão

alta assim, mas foi em virtude, basicamente, da carne, e tínhamos que fazer com

que o valor do salário mínimo fosse mantido, então ele passa, via medida

provisória, de R$ 1.039 para R$ 1.045, a partir de 1º de fevereiro”,

afirmou Bolsonaro no Ministério da Economia, ao lado de Guedes. O presidente e

o ministro se reuniram duas vezes ao longo do dia para debaterem o

assunto. 

No

final do ano passado, o governo editou uma MP com um

reajuste de 4,1% no mínimo, que passou de R$ 998 para R$ 1.039. O valor

correspondia à estimativa do mercado financeiro para a inflação de 2019,

segundo o Índice Nacional do Preços ao Consumidor (INPC), calculado pelo

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Porém, o valor do INPC

acabou fechando o ano com uma alta superior, de 4,48%, anunciada na semana

passada e, com isso, deixou o novo valor do mínimo abaixo da inflação. Por

lei, esse é o índice usado para o reajuste do salário mínimo, embora a

inflação oficial seja a medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor

Amplo (IPCA), que fechou o ano de 2019 em 4,31%. 

“Nós

vamos ter que achar os recursos para fazer isso, mas o mais

importante é o espírito que o presidente defendeu, da carta constitucional, que

é a preservação do poder de compra do salário mínimo”, afirmou Paulo Guedes.

Segundo o ministro, com o novo aumento, o impacto nas contas públicas será de

cerca de R$ 2,3 bilhões, que poderão ser compensados com R$ 8 bilhões

de arrecadação extra prevista pelo governo. 

“Nós

já temos, eu prefiro não falar da natureza do ganho, que vai ser anunciado

possivelmente em mais uma semana, nós já vamos arrecadar mais R$ 8 bilhões. Não

é aumento de imposto, não é nada disso. São fontes que estamos procurando,

nós vamos anunciar R$ 8 bilhões que vão aparecer, de forma que esse aumento de

R$ 2,3 bilhões vai caber no orçamento”, informou o ministro. Ainda

segundo ele, caso não seja possível cobrir o aumento de gasto no orçamento para

custear o valor do mínimo, o governo não descarta algum contingenciamento.

Até

o ano passado, a política de reajuste do salário mínimo, aprovada em lei,

previa uma correção pela inflação mais a variação do Produto Interno Bruto

(PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país). Esse modelo vigorou entre

2011 e 2019. Porém, nem sempre houve aumento real nesse período porque o PIB do

país, em 2015 e 2016, registrou retração, com queda de 7% nos acumulado desses

dois anos.

O

governo estima que, para cada aumento de R$ 1 no salário mínimo, as despesas

elevam-se em R$ 355,5 milhões, principalmente por causa do pagamento de

benefícios da Previdência Social, do abono salarial e do seguro-desemprego,

todos atrelados ao mínimo.

Ag. Ebc Brasil

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