O torcedor atleticano vive dias de apreensão. A derrota para o Botafogo no Brasileirão e a permanência do time próximo da zona de rebaixamento reacenderam uma lembrança dolorosa: o rebaixamento de 2005, único na história do clube. Vinte anos depois, o Atlético convive novamente com o risco de cair. Mas, afinal, o que há de parecido e de diferente entre aqueles dois momentos?
2005: instabilidade e queda inevitável
Naquele ano, o Galo fez uma das piores campanhas de sua história. Foram trocas constantes de treinadores, elenco instável, problemas políticos e falta de comando firme fora de campo. A defesa era frágil, o ataque ineficiente e o clube terminou sem forças para reagir, amargando a queda inédita para a Série B. Nem mesmo com o afastamento de jogadores chamados “medalhões” e a necessidade de utilizar os jovens jogadores da base fizeram mudar o destino atleticano.
2025: elenco forte, mas desempenho irregular
Hoje, a realidade é distinta em termos de estrutura. O Atlético possui um elenco mais qualificado, com jogadores experientes e jovens promissores, além de maior capacidade financeira para contratar. Ainda assim, o time não consegue transformar investimento em resultados.
Em campo: defesa vulnerável em bolas paradas, meio-campo pouco criativo e ataque sem intensidade.
Na tabela: a equipe soma pontos que a deixam na beira da zona de rebaixamento, enquanto rivais diretos começam a reagir.
Na gestão: apesar de maior profissionalização, a instabilidade na escolha de treinadores e a falta de um plano esportivo claro lembram, em parte, os erros de 2005.
Elenco: ontem e hoje
2005: elenco limitado tecnicamente, sem peças decisivas capazes de mudar jogos e com pouca profundidade no banco de reservas.
2025: elenco mais caro e estrelado, mas com problemas de encaixe. Há qualidade individual, mas falta coesão coletiva e comprometimento nos momentos decisivos.
Como evitar novo rebaixamento😳
Para que a história não se repita duas décadas depois, o Atlético precisa agir rápido:
Priorizar consistência defensiva e resultados imediatos, mesmo que o futebol não seja vistoso. Manter estabilidade no comando técnico, dando respaldo para ajustes táticos de curto prazo. Afastar jogadores sem estímulo e priorizar aqueles que fecharem com a ideia do treinador. Como a base atleticana passa por profundas mudanças após o rebaixamento no Sub20, as peças disponíveis ainda são inexperientes, mesmo tendo alguns como o atacante Veneno, o zagueiro Vitão e o meia Iseppe com futuro promissor. E por último, estabelecer planejamento claro para médio e longo prazo, blindando o clube de crises internas.
O Galo de 2005 caiu por somar fragilidades técnicas e administrativas. O time de 2025 tem mais recursos e elenco mais qualificado, mas corre o risco de repetir o drama se não reagir já. O alerta está aceso, e o torcedor, que carrega na memória a dor do passado, espera que a diretoria e os jogadores tenham aprendido a lição: o rebaixamento não pode voltar a ser uma realidade em Belo Horizonte.
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